Perfume sexual
Não é de hoje que a ciência suspeita dos feromônios como um dos fatores de atração sexual entre homens e mulheres. No reino animal, o fato é aceito cientificamente há muito tempo.
Estudos e teses comprovam que machos e fêmeas se atraem pelo cheiro. Tanto é verídico, que agricultores produzem armadilhas contra mosquitos ou pragas utilizando os feromônios do sexo oposto. Outras centenas de exemplos evidenciam a atuação dos feromônios na relação dos bichos, o que não se sabe muito bem (ainda), é se a “química” também acontece nas relações humanas.
Recente estudo de mapeamento cerebral publicado por uma equipe de médicos do Instituto Karolinska (Estocolmo), comprova que a inalação de hormônios do sexo oposto aumenta a atividade do hipotálamo, uma região do cérebro que está ligada aos impulsos sexuais. Um estudo realizado em 2001 pelo departamento de psicologia da Universidade São Francisco, na Califórnia, concluiu que os perfumes com feromônios aumentam a disposição sexual do indivíduo.
A indústria cosmética pega carona na polêmica e lança perfumes que dizem conter o tal cheirinho sedutor. Promessas do tipo “conquiste o homem dos seus sonhos”, “atraia todas as mulheres”, “fique irresistível para o sexo oposto” não são raras nas propagandas destes produtos na internet.
Para a sexóloga Dulce Barros, é pertinente entender se o olfato humano tem realmente a capacidade de detectar esses hormônios. No caso de alguns insetos, como as mariposas, o macho pode detectar a fêmea a quilômetros de distância, já os seres humanos não são assim. “Nós perdemos a capacidade olfativa ao longo do tempo, conforme fomos evoluindo e ficando mais eretos”, comenta.
Segundo Jaqueline Brendler, presidente da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana (SBRASH), estamos longe das respostas definitivas para o enigma dos feromônios. “O que podemos afirmar é que os órgãos dos sentidos são importantes no desencadear do desejo sexual, e o olfato está entre eles”.
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